Oscar-Claude Monet nasceu em 14 de novembro de 1840, na Rue Laffitte, em Paris. Sua família mudou-se para Le Havre, na Normandia, quando ele tinha cinco anos.
The Beach And The Falaise Monet
O pai, Claude-Adolphe Monet, comerciante de suprimentos navais, queria que o filho seguisse os negócios da família. A mãe, Louise-Justine Aubrée Monet, cantora amadora, apoiava o interesse do menino pela arte. Essa tensão entre o pragmatismo paterno e o incentivo materno marcaria os primeiros anos de formação do artista.
Os Primeiros Anos em Le Havre
Na escola secundária de artes de Le Havre, o jovem Monet demonstrava pouco interesse acadêmico, mas desenhava caricaturas que vendia por dinheiro aos quinze anos. Suas aulas de desenho com Jacques-François Ochard, ex-aluno de Jacques-Louis David, forneceram uma base técnica tradicional que ele mais tarde rejeitaria.
Em 1857, sua mãe faleceu quando ele tinha apenas dezesseis anos. Monet foi morar com sua tia Marie-Jeanne Lecadre, viúva abastada e sem filhos, que se tornaria uma fonte importante de apoio nos primeiros anos de sua carreira artística. Foi nesse período de ajuste emocional que conheceu Eugène Boudin, pintor local de paisagens marinhas que transformaria radicalmente sua compreensão da pintura.
Boudin levou o jovem Monet para pintar ao ar livre, ensinando-lhe a capturar a natureza no momento. Essa experiência de pintar diretamente da observação, fora do ateliê, revolucionou sua abordagem. Anos depois, Monet declararia que devia tudo a Boudin. A técnica en plein air, como ficou conhecida, permitia capturar os efeitos transitórios da luz e da atmosfera com imediatismo impossível no estúdio.
Paris e a Formação Artística
Camille Monet in the Garden at Argenteuil
Em abril de 1859, Monet chegou a Paris com economias de cerca de 2.000 francos obtidas com a venda de suas caricaturas. Instalou-se no Hôtel du Nouveau Monde, Place du Havre. Visitou o Salão recém-inaugurado e foi apresentado ao círculo artístico parisiense por amigos de sua tia. Enquanto outros jovens artistas copiavam obras-primas no Louvre para aperfeiçoar suas técnicas, Monet preferia esboçar o que via pela janela do museu, já demonstrando sua predileção pela observação direta da vida contemporânea.
No início de 1860, inscreveu-se na Académie Suisse, na Île de la Cité, onde conheceu Camille Pissarro. Este encontro seria significativo para ambos os artistas. A academia, dirigida por Charles Suisse, oferecia um ambiente menos rígido que as escolas oficiais, onde modelos vivos posavam sem que houvesse instrução formal ou correção de trabalhos.
O Serviço Militar na Argélia
Em março de 1861, aos vinte anos, Monet foi convocado para o serviço militar. Sua família poderia ter pago 2.500 francos por um substituto, mas exigiram que ele renunciasse à carreira artística para assumir os negócios familiares. Monet recusou e alistou-se no 1º Regimento de Chasseurs d'Afrique em 29 de abril de 1861.
Em junho, cruzou a Argélia para se juntar ao seu regimento em Mustapha. Foi a primeira vez que se afastou tanto da Normandia, e a experiência seria formativa. Na primavera de 1862, contraiu febre tifoide e foi autorizado a retornar a Le Havre para se recuperar na casa de sua tia em Sainte-Adresse.
A luz intensa e as cores vívidas do Norte da África ficaram gravadas em sua memória. Monet mais tarde disse que a Argélia continha "a joia de minhas futuras pesquisas" e que o tempo lá o fez "bem em todos os sentidos e colocou um pouco de chumbo em minha cabeça". Embora tenha produzido poucos trabalhos durante o serviço militar, a experiência com a luminosidade africana informaria sua busca posterior pelos efeitos da luz natural.
O Ateliê de Charles Gleyre
Após ser dispensado do exército em novembro de 1862, graças ao pagamento de sua tia, Monet retornou a Paris em dezembro. Inscreveu-se no ateliê de Charles Gleyre, pintor de temas históricos, na École impériale des beaux-arts de Paris. Lá compartilhou o espaço com Pierre-Auguste Renoir, Frédéric Bazille e Alfred Sisley.
Esses jovens artistas frequentemente levavam seus cavaletes e tintas para ambientes externos, transferindo suas impressões imediatas da paisagem para a tela com pinceladas curtas e diretas. Essa prática, inspirada pelos ensinamentos de Boudin, contrastava com o método acadêmico de Gleyre. A discordância sobre como representar a natureza levou Monet a deixar o ateliê de Gleyre.
Durante esse período, pintou "Mulher de Vestido Verde" em 1866, um retrato em tamanho natural de Camille Doncieux, sua futura esposa, que foi aceito no prestigioso Salão de Paris. A obra era predominantemente realista, com contornos definidos, ainda sem as misturas de cores brilhantes e a imediatez que definiriam seus trabalhos posteriores. Nessa mesma época, criou "Mulheres no Jardim", para o qual Camille também posou como modelo.
Dificuldades Financeiras e o Nascimento de Jean
Em 1867, Camille, que conhecera dois anos antes como modelo, deu à luz o primeiro filho do casal, Jean. Monet tinha um relacionamento forte com o menino e alegava que Camille era sua esposa legítima para que Jean fosse considerado legítimo. Como consequência, seu pai cortou o apoio financeiro.
Forçado pela necessidade, Monet mudou-se para a casa de sua tia em Sainte-Adresse. Lá mergulhou no trabalho, embora um problema temporário de visão, provavelmente relacionado ao estresse, o impedisse de trabalhar sob a luz do sol. Pintou retratos familiares afetuosos, como "Criança com uma Xícara, um Retrato de Jean Monet", que mostrava os primeiros sinais de seu trabalho impressionista posterior.
Guerra, Exílio e o Nascimento do Impressionismo
Monet casou-se com Camille em 28 de junho de 1870, pouco antes da eclosão da Guerra Franco-Prussiana. Durante o conflito, ele e a família viveram em Londres e nos Países Baixos para evitar a convocação militar. Foi um período de exílio autoimposto, compartilhado com Charles-François Daubigny.
Em Londres, Monet reencontrou seu velho amigo Pissarro e conheceu o pintor americano James Abbott McNeill Whistler. Mais importante ainda, encontrou Paul Durand-Ruel, que se tornaria seu primeiro e principal marchand, um encontro decisivo para sua carreira. Visitou museus e viu as obras de John Constable e J.M.W. Turner. A abordagem de Turner aos efeitos da luz, especialmente nas obras retratando a névoa sobre o Tâmisa, impressionou profundamente Monet.
Pintou repetidamente o Tâmisa, Hyde Park e Green Park. Na primavera de 1871, suas obras foram recusadas pela Royal Academy e a polícia suspeitava de atividades revolucionárias. Nesse mesmo ano, soube da morte de seu pai.
Argenteuil e a Consolidação do Estilo
A família mudou-se para Argenteuil em 1871, subúrbio na margem direita do Sena. Influenciado por seu tempo com pintores holandeses, Monet dedicou-se a pintar a área ao redor do Sena. Adquiriu um barco-ateliê flutuante para pintar o rio, capturando a vida burguesa contemporânea e as paisagens industriais.
Em 1874, assinou um contrato de arrendamento de seis anos e meio e mudou-se para uma casa recém-construída "rosa com venezianas verdes" em Argenteuil, onde pintou quinze telas de seu jardim a partir de uma perspectiva panorâmica. A casa e o jardim tornaram-se o motivo "mais importante" de seus últimos anos em Argenteuil. Cultivou um jardim especificamente para pintar, marcando a primeira vez que fazia isso com propósito artístico.

Monet e Camille frequentemente enfrentavam dificuldades financeiras. Não conseguiram pagar a conta do hotel durante o verão de 1870 e provavelmente viveram nos arredores de Londres por falta de fundos. Uma herança de seu pai, juntamente com vendas de pinturas, permitiu-lhes contratar dois empregados e um jardineiro em 1872. Quando os credores apreenderam suas pinturas, o comerciante marítimo Gaudibert, que também era patrono de Boudin, as comprou de volta.
A Primeira Exposição Impressionista
Quando o apoio de Durand-Ruel a Monet e seus colegas começou a declinar, Monet, Renoir, Pissarro, Sisley, Paul Cézanne, Edgar Degas e Berthe Morisot decidiram exibir suas obras de forma independente. Em 1873, formaram a "Société Anonyme Coopérative des Artistes Peintres, Sculpteurs et Graveurs", ou Associação Cooperativa e Anônima de Pintores, Escultores e Gravadores, com Monet sendo figura central em sua formação.
O grupo organizou sua primeira exposição na primavera de 1874, que incluía obras de 30 artistas. Monet optou por mostrar sua pintura de 1872, "Impressão, Nascer do Sol", uma decisão que seria fatídica. O crítico de arte Louis Leroy escreveu uma crítica hostil. Tomando nota particular de "Impressão, Nascer do Sol", uma representação nebulosa do porto de Le Havre, cunhou o termo "Impressionismo" como zombaria depreciativa, alegando que as pinturas eram amadoras e inacabadas.
Leroy escreveu: "Impressão, nascer do Sol, eu bem o sabia! Pensava eu, justamente, se estou impressionado é porque há lá uma impressão. E que liberdade, que suavidade de pincel! Um papel de parede é mais elaborado que esta cena marinha." A expressão foi usada originalmente de forma pejorativa, mas Monet e seus colegas adotaram o título, tendo consciência da revolução que estavam a iniciar na pintura.
Críticos conservadores e o público ridicularizaram o grupo, com o termo inicialmente sendo irônico e denotando as pinturas como inacabadas. Críticos mais progressistas elogiaram a representação da vida moderna. Louis Edmond Duranty chamou seu estilo de "revolução na pintura". Leroy mais tarde lamentou ter inspirado o nome, pois acreditava que eram um grupo "cuja maioria não tinha nada de impressionista".
A exposição teve cerca de 3.500 visitantes. Monet precificou "Impressão: Nascer do Sol" em 1.000 francos, mas não conseguiu vendê-la. A exposição estava aberta a qualquer pessoa disposta a pagar 60 francos e dava aos artistas a oportunidade de mostrar seu trabalho sem a interferência de um júri.
Série da Estação Saint-Lazare e o Desenvolvimento da Técnica
Para a terceira exposição impressionista, em 5 de abril de 1877, Monet selecionou sete pinturas da dúzia que havia feito da Gare Saint-Lazare nos três meses anteriores. Foi a primeira vez que "sincronizou tantas pinturas do mesmo local, coordenando cuidadosamente suas cenas e temporalidades".
As pinturas da estação de trem mostravam Monet explorando fumaça e vapor, e como eles afetavam a cor e a visibilidade, sendo às vezes opacos e às vezes translúcidos. As pinturas foram bem recebidas pelos críticos, que elogiaram especialmente a forma como ele capturou a chegada e partida dos trens. Essa série demonstrava sua fascinação crescente pelos efeitos atmosféricos, um tema que evoluiria em múltiplas séries de pinturas nas quais retrataria o mesmo motivo em diferentes luzes e momentos do dia.
Perda e Luto
Em 1876, Camille Monet adoeceu gravemente. Seu segundo filho, Michel, nasceu em 1878, após o que a saúde de Camille deteriorou ainda mais. No outono daquele ano, mudaram-se para a aldeia de Vétheuil, onde compartilharam uma casa com a família de Ernest Hoschedé, um rico proprietário de loja de departamentos e patrono das artes que havia encomendado quatro pinturas a Monet.
Em 1878, Camille foi diagnosticada com câncer uterino. Ela morreu no ano seguinte, em 1879, aos 32 anos. A pintura "Camille em seu Leito de Morte" é o tributo final de Monet à esposa. A figura está coberta de flores e pinceladas leves, seu rosto banhado em luz. Anos depois, Monet confessou ao amigo Georges Clemenceau que sua necessidade de analisar cores era tanto uma alegria quanto um tormento. Explicou: "Um dia me peguei olhando para o rosto morto de minha amada esposa e apenas anotando sistematicamente as cores de acordo com um reflexo automático". John Berger descreveu a obra como "uma nevasca de tinta branca, cinza, arroxeada, uma terrível nevasca de perda que apagará para sempre seus traços".
A morte de Camille, juntamente com dificuldades financeiras, afligiu a carreira de Monet. Hoschedé havia comprado várias pinturas recentemente, mas logo faliu, partindo para Paris na esperança de recuperar sua fortuna, enquanto o interesse pelos impressionistas diminuía.
Entre as obras do artista no período após sua perda está a "Série da Deriva de Gelo", um grupo de cerca de doze pinturas retratando os blocos de gelo derretendo no rio Sena. Cores suaves, cenários saturados de névoa, árvores desnudas e paisagens congeladas refletem a austeridade da visão do artista enquanto se imergia no luto. As pinturas capturavam o inverno rigoroso de 1879-1880 em Vétheuil, com a natureza espelhando seu estado emocional.
Alice Hoschedé e a Mudança para Giverny
Monet desenvolveu um relacionamento com Alice Hoschedé, esposa de seu patrono. Em janeiro de 1883, retornou a Étretat e expressou em cartas a Alice um desejo de morrer. Nessa época, temia perder Alice para o marido, que repentinamente falava em levá-la de volta. Em 21 de fevereiro, Monet e Alice finalmente se encontraram novamente em Poissy, e não havia mais dúvida de que ela permaneceria ao seu lado.
Em abril de 1883, Monet informou Durand-Ruel que estava procurando uma casa perto de Vernon, cidade pela qual frequentemente passava ao viajar entre Paris e a Normandia. Em 29 de abril, mudou-se para uma casa alugada em Giverny, perto de Vernon, com alguns de seus filhos, seguido por Alice Hoschedé no dia seguinte. Esta casa subsequentemente tornou-se o lar permanente da família Monet.
A casa estava situada perto da estrada principal entre Vernon e Gasny. Havia um celeiro que funcionava como estúdio de pintura, pomares e um pequeno jardim. A casa estava próxima o suficiente das escolas locais para que as crianças pudessem frequentar, e a paisagem circundante fornecia inúmeras áreas naturais para Monet pintar.
Em Giverny, a família trabalhou e construiu os jardins, e a sorte de Monet começou a mudar para melhor à medida que Durand-Ruel tinha crescente sucesso na venda de suas pinturas. Os jardins foram a maior fonte de inspiração de Monet por 40 anos. Durante a década de 1890, construiu uma estufa e um segundo estúdio, um edifício espaçoso bem iluminado com claraboias.
Viagem à Itália e Bordighera
Em dezembro de 1883, Claude Monet e Auguste Renoir partiram de Paris de trem para uma curta viagem de pintura à Itália, pela Riviera Italiana e Gênova. No caminho de volta, pararam brevemente em L'Estaque, perto de Marselha, para visitar Cézanne, antes de retornar a Giverny no final de dezembro.
Durante essa viagem, Monet descobriu a pequena cidade de Bordighera, que achou particularmente atraente. Em carta a Durand-Ruel em 12 de janeiro de 1884, descreveu-a como "um dos lugares mais bonitos que vimos em nossa viagem". Nos anos anteriores a 1883, Bordighera, com seu clima ameno e vistas costeiras deslumbrantes, havia se tornado amplamente popular como destino de inverno para turistas, particularmente entre a elite europeia, bem como artistas e intelectuais.
Logo após seu retorno a Giverny, Monet escreveu ao marchant Paul Durand-Ruel expressando seu desejo de voltar à Itália e a Bordighera para uma estadia mais longa. Ele apresentou seu desejo de ir sozinho e pediu a Durand-Ruel que não mencionasse seu desejo a ninguém, especialmente não a Renoir.
Monet inicialmente pretendia passar três semanas na cidade da Ligúria, mas acabou ficando por um período de quase três meses, de 18 de janeiro a 5 de abril de 1884, durante o qual produziu 38 pinturas com motivos de Bordighera. Monet foi profundamente afetado pela beleza de Bordighera e seus arredores, que descreveu como mágicos, um país de conto de fadas.
A luz única e a vegetação luxuriante apresentaram-se como um desafio completamente novo. Em carta a Alice Hoschedé, escreveu: "Essas palmeiras são exasperantes, e também os motivos são extremamente difíceis de renderizar, de colocar na tela, tudo é tão exuberante".
Algumas das composições mais notáveis de sua estadia em Bordighera são "Vista de Bordighera", "Oliveiras", "Vilas em Bordighera", "O Jardim Moreno", "Vale de Sasso" e "Dolceacqua". As pinturas de Bordighera não são tão conhecidas do público quanto algumas de suas obras. Após o crash da bolsa de Paris em 1882, Durand-Ruel sofreu uma grave perda financeira e, consequentemente, teve que penhorar várias das pinturas de Bordighera de Monet assim que as recebeu. Monet, que estava ansioso para ouvir o que os críticos diriam sobre seu trabalho mais recente, ficou devastado ao descobrir que nunca seriam exibidas.
As Grandes Séries
Monet estava cada vez mais fascinado pela percepção de que a mesma paisagem sofria alterações em diferentes momentos do dia à medida que a luz solar mudava. Pintou a mesma cena repetidamente para capturar essas nuances na tela. Essa ideia informou sua "Série da Deriva de Gelo", suas pinturas de "Palheiros" de meados da década de 1880 e 1890, e sua impressionante série "Choupos" da década de 1890.
Catedral de Rouen
Em 1892 e 1893, o artista instalou-se em um quarto alugado com vista para a Catedral de Rouen para trabalhar em várias telas simultaneamente, cada uma dedicada a um momento diferente do dia, criando estudos intensivos de luz e sombra. As pinturas não se concentram no grande edifício medieval, mas no jogo de luz e sombra em sua superfície, transformando a alvenaria sólida.
Em 1895, exibiu 20 pinturas da Catedral de Rouen, mostrando a fachada em diferentes condições de luz, clima e atmosfera. Para esta série, experimentou criar suas próprias molduras. A série da Catedral de Rouen demonstrava sua busca obsessiva por capturar as mudanças de luz, pintando o mesmo motivo dezenas de vezes em diferentes condições atmosféricas.
Séries de Londres
Monet, que já havia visitado Londres em 1870-1871, fez uma primeira estadia de seis semanas em Londres em setembro de 1899, acompanhado por Alice e Germaine Hoschedé, com o objetivo tanto de pintar quanto de visitar seu filho Michel, que vivia lá desde a primavera. Ficaram em uma suíte no 6º andar do prestigioso Savoy Hotel, que oferecia vistas espetaculares do Tâmisa e do sul de Londres.
Monet ficou revigorado por esta visita, comentando: "Eu amo tanto Londres! Mas eu a amo apenas no inverno, pois sem a névoa Londres não seria uma cidade bonita. É a névoa que lhe dá sua magnífica amplitude".
Monet retornou ao mesmo hotel para mais duas estadias, em fevereiro e março de 1900 e de janeiro a março de 1901. Durante suas estadias, pintou a Ponte Waterloo de manhã cedo ao nascer do sol, depois a Ponte Charing Cross à tarde. Foi durante sua segunda estadia que começou a pintar as Casas do Parlamento, do Hospital St Thomas no final da tarde e ao pôr do sol.
No total, Monet produziu uma série que incluiu 41 pinturas da Ponte Waterloo, 34 da Ponte Charing Cross e 19 das Casas do Parlamento. As pinturas continuaram a ser retocadas no estúdio até 1904. A série "Vistas do Tâmisa em Londres – 1900 a 1904" foi exibida em maio e junho de 1904.
Veneza
No outono de 1908, Alice aceitou a oferta feita por sua amiga Mary Hunter para que os Monets ficassem com ela no Palazzo Barbaro em Veneza, que ela havia alugado para a temporada. Inicialmente, Monet não estava disposto a visitar Veneza, como Alice registrou em carta à filha Germaine: "Monet muito triste para partir, ele não consegue se obrigar a desistir de seu lago e suas flores. Ouvi isso tanto que, realmente, isso estraga o prazer da viagem".
Os Monets chegaram à Itália em 1º de outubro. Inicialmente, Monet apenas timidamente começou a pintar imagens da cidade, mas Alice era da opinião, expressa em carta a Germaine, de que Veneza "é tão bonita e tão criada para tentá-lo, mas quem pode renderizar esses efeitos maravilhosos. Vejo apenas meu Monet que pode fazê-lo".
Monet logo ficou encantado, escrevendo: "Que infortúnio não ter vindo aqui quando eu era mais jovem, quando tinha toda a ousadia. Ainda assim, passei momentos deliciosos aqui, quase esquecendo que sou o homem velho que sou". Cada dia o casal saía de gôndola antes das oito da manhã para explorar e pintar a cidade, e após uma pausa para o almoço continuariam até as sete.
Sua estadia de três meses resultou em Monet criando 37 pinturas de Veneza, geralmente em séries retratando o mesmo motivo em diferentes momentos do dia, incluindo "Le Grand Canal" e cinco mais representando o mesmo tema, bem como "O Palácio Ducal Visto de San Giorgio Maggiore" e "San Giorgio Maggiore ao Anoitecer".
Os Jardins de Giverny e as Ninfeias
Bridge Over a Pond of Water Lilies
Monet escrevia instruções diárias ao seu jardineiro, projetos e layouts precisos para plantios, e faturas para suas compras florais e sua coleção de livros de botânica. À medida que a riqueza de Monet crescia, seu jardim evoluía. Ele permaneceu seu arquiteto, mesmo depois de contratar sete jardineiros. Comprou terras adicionais com um prado de água. Nenúfares brancos nativos da França foram plantados junto com cultivares importados da América do Sul e do Egito, resultando em uma gama de cores incluindo nenúfares amarelos, azuis e brancos que se tornavam rosa com a idade.
Em 1902, aumentou o tamanho de seu jardim aquático em quase 4.000 metros quadrados. O lago foi ampliado em 1901 e 1910, com cavaletes instalados ao redor para permitir que diferentes perspectivas fossem capturadas.
Insatisfeito com as limitações do Impressionismo, Monet começou a trabalhar em séries de pinturas exibindo motivos únicos - palheiros, choupos e a Catedral de Rouen - para resolver sua frustração. Essas séries de pinturas proporcionaram amplo sucesso crítico e financeiro. Em 1898, 61 pinturas foram exibidas na Petit Gallery. Ele também iniciou uma série de "Manhãs no Sena", que retratava as horas da alvorada do rio.
A Série das Ninfeias
Em 1899, Monet começou a pintar as ninfeias que o ocupariam continuamente pelos próximos 20 anos de sua vida, sendo sua última e "mais ambiciosa" sequência de pinturas. Ele havia exibido este primeiro grupo de pinturas do jardim, dedicado principalmente à sua ponte japonesa, em 1900.
Representações das ninfeias, com luz alternada e reflexos semelhantes a espelhos, tornaram-se parte integral de seu trabalho. Em meados da década de 1910, Monet havia alcançado "um estilo de pintura completamente novo, fluido e algo audacioso no qual o lago de nenúfares tornou-se o ponto de partida para uma arte quase abstrata".
Claude Roger-Marx observou em uma crítica da bem-sucedida exposição de 1909 de Monet da primeira série de Ninfeias que ele havia "alcançado o grau final de abstração e imaginação unidos ao real". Esta exposição, intitulada "Ninfeias, uma Série de Paisagens Aquáticas", consistia em 42 telas, sua "série maior e mais unificada até então". Ele acabaria fazendo mais de 250 pinturas das Ninfeias.
Anos Finais e Legado
A segunda esposa de Monet, Alice, morreu em 1911, e seu filho mais velho, Jean, que havia se casado com Blanche, filha de Alice e favorita particular de Monet, morreu em 1914. Suas mortes deixaram Monet deprimido, enquanto Blanche cuidava dele. Foi durante esse período que Monet começou a desenvolver os primeiros sinais de possível catarata.
A Luta com a Catarata
Em 1913, Monet viajou a Londres para consultar o oftalmologista alemão Richard Liebreich. Foram-lhe prescritos novos óculos e rejeitou cirurgia de catarata para o olho direito. Nos anos seguintes, sua percepção de cor sofreu. Suas pinceladas largas tornaram-se mais amplas e suas pinturas cada vez mais escuras. Para alcançar o resultado desejado, começou a rotular seus tubos de tinta, manteve uma ordem estrita em sua paleta e usava um chapéu de palha para negar o brilho.
Ele abordava a pintura formulando as ideias e características em sua mente, tomando o "motivo em grandes massas" e transcrevendo-os através da memória e imaginação. Isso se devia a ele ser "insensível" aos "tons mais finos de tonalidades e cores vistos de perto".
Em 1922, uma prescrição de midriáticos proporcionou alívio de curta duração. Finalmente, passou por cirurgia de catarata em 1923. Cianopsia persistente e óculos afácicos provaram ser uma luta. Agora "capaz de ver as cores reais", começou a destruir telas de seu período pré-operatório. Ao receber lentes Zeiss tingidas, Monet foi elogioso, embora seu olho esquerdo logo tivesse que ser totalmente coberto por uma lente preta. Em 1925, sua deficiência visual havia melhorado e ele começou a retocar algumas de suas obras pré-operatórias, com ninfeias mais azuis do que antes.
Os Painéis da Orangerie
Após perder tanto Alice quanto Jean, Monet buscou consolo ao embarcar em um novo grande trabalho, uma série de painéis maciços de Ninfeias. No Dia do Armistício em 1918, organizou a doação dos murais resultantes ao estado francês para instalação no Musée de l'Orangerie. Sempre perfeccionista, o artista revisou e retrabalhou esta série repetidamente ao longo dos anos seguintes até sua instalação final em 1927 em duas salas ovais de seu próprio design.
O opus inclui oito painéis do tamanho de uma sala, cada um com mais de seis pés de altura, com comprimentos projetados para caber no espaço. André Masson batizaria essas salas de "A Capela Sistina do Impressionismo" em uma crítica de 1952. Mesmo com problemas de visão, Monet trabalhou nestes painéis monumentais, criando paisagens abstratas onde a água, as flores e o céu se fundem em composições envolventes que eliminam horizontes e pontos de referência convencionais.
Durante a Primeira Guerra Mundial, na qual seu filho mais novo, Michel, serviu, Monet pintou uma série de "Salgueiros Chorões" como homenagem aos soldados franceses caídos. Tornou-se profundamente dedicado às decorações de seu jardim durante a guerra.
Monet morreu de câncer de pulmão em 5 de dezembro de 1926, aos 86 anos, e está enterrado no cemitério da igreja de Giverny. Monet havia insistido que a ocasião fosse simples, portanto, apenas cerca de cinquenta pessoas compareceram à cerimônia. Em seu funeral, Clemenceau removeu o pano preto colocado sobre o caixão, declarando: "Nada de preto para Monet!" e o substituiu por um pano estampado com flores. No momento de sua morte, as Ninfeias estavam "tecnicamente inacabadas".
A Técnica e o Estilo de Monet
A obsessão de Monet pela luz tornou-se o foco central de suas pinturas. Para capturar suas variações, às vezes completava uma pintura em uma única sessão, frequentemente sem preparação. Ele desejava demonstrar como a luz alterava a cor e a percepção da realidade. Seu interesse por luz e reflexo começou no final da década de 1860 e durou toda a sua carreira.
Após conhecer Boudin, Monet dedicou-se a buscar métodos novos e aprimorados de expressão pictórica. Para esse fim, como jovem, visitou o Salão e familiarizou-se com as obras de pintores mais velhos, fazendo amizade com outros jovens artistas. Os cinco anos que passou em Argenteuil, passando muito tempo no rio Sena em um pequeno estúdio flutuante, foram formativos em seu estudo dos efeitos de luz e reflexos.
Ele começou a pensar em termos de cores e formas, em vez de cenas e objetos. Usava cores brilhantes em toques e traços de tinta. Tendo rejeitado os ensinamentos acadêmicos do estúdio de Gleyre, libertou-se da teoria, dizendo: "Gosto de pintar como um pássaro canta". Boudin, Daubigny, Jongkind, Courbet e Corot estavam entre as influências de Monet, e ele frequentemente trabalhava de acordo com desenvolvimentos na arte de vanguarda.
Em 1877, uma série de pinturas na Estação Saint-Lazare fez Monet observar fumaça e vapor e a maneira como afetavam a cor e a visibilidade, sendo às vezes opacos e às vezes translúcidos. Ele deveria usar ainda mais este estudo na pintura dos efeitos de névoa e chuva na paisagem. O estudo dos efeitos da atmosfera evoluiria para uma série de pinturas nas quais Monet repetidamente pintou o mesmo motivo em diferentes luzes, em diferentes horas do dia e através das mudanças de clima e estação. Esse processo começou na década de 1880 e continuou até o final de sua vida em 1926.
Monet refinou sua paleta na década de 1870, conscientemente minimizando o uso de tons mais escuros e favorecendo cores pastel. Isso coincidiu com sua abordagem mais suave, usando pinceladas menores e mais variadas. Sua paleta passaria novamente por mudanças na década de 1880, com mais ênfase do que antes na harmonia entre tons quentes e frios.
A retratação de paisagens por Monet enfatizava elementos industriais como ferrovias e fábricas. Suas primeiras paisagens marinhas apresentavam natureza sombria retratada com cores suaves e residentes locais. Quando retratava figuras e paisagens em conjunto, Monet desejava que a paisagem não fosse um mero pano de fundo e que as figuras não dominassem a composição. Sua dedicação a tal retratação de paisagens resultou em Monet repreender Renoir por desafiá-la.
Ele frequentemente retratava as atividades de lazer suburbanas e rurais de Paris e, como jovem artista, experimentou naturezas-mortas. A partir da década de 1870 em diante, gradualmente se afastou das paisagens suburbanas e urbanas. Quando eram retratadas, era para aprofundar seu estudo da luz.
O Impacto no Mundo da Arte
Monet tem sido descrito como "a força motriz por trás do Impressionismo". Crucial para a arte dos pintores impressionistas foi a compreensão dos efeitos da luz sobre a cor local dos objetos e os efeitos da justaposição de cores entre si. Seu estilo fluido e uso de cor foram descritos como "quase etéreos" e o "epítome do estilo impressionista". "Impressão, Nascer do Sol" é um exemplo do princípio impressionista "fundamental" de retratar apenas o que é puramente visível.
Monet era fascinado pelos efeitos da luz e pela pintura en plein air. Ele acreditava que seu único "mérito reside em ter pintado diretamente diante da natureza, buscando reproduzir minhas impressões dos efeitos mais fugazes". Querendo "pintar o ar", ele frequentemente combinava temas da vida moderna em luz externa.
O artista foi fundamental para forjar uma direção inteiramente nova para o mundo da arte. Sua abordagem revolucionária influenciou não apenas seus contemporâneos impressionistas, mas também gerações futuras de artistas. Vincent van Gogh estudou intensamente as técnicas de Monet, especialmente sua abordagem à cor e à luz natural. A obra de Monet criou uma ponte entre a arte tradicional e o modernismo, preparando o caminho para movimentos artísticos do século XX.
Seus trabalhos posteriores, especialmente as pinturas de ninfeias de grande formato, foram "redescobertos" pelos expressionistas abstratos na década de 1950. Artistas como Jackson Pollock e Mark Rothko encontraram nas últimas obras de Monet uma qualidade quase abstrata que ressoava com suas próprias explorações. A escala monumental, a eliminação de pontos de referência espaciais tradicionais e o foco em campos de cor e luz fizeram das últimas ninfeias de Monet precursoras da arte abstrata.
Monet foi chamado de "intermediário" entre tradição e modernismo. Sua obra foi examinada em relação ao pós-modernismo e influenciou Bazille, Sisley, Renoir e Pissarro. Monet é agora o mais famoso dos impressionistas. Como resultado de suas contribuições ao movimento, ele "exerceu uma enorme influência sobre a arte do final do século XIX".
A Casa e os Jardins em Giverny Hoje
A casa, o jardim e o lago de ninféias de Monet foram legados por Michel à Academia Francesa de Belas Artes em 1966. Através da Fondation Claude Monet, a casa e os jardins foram abertos para visitas em 1980, após restauração. Além de lembranças de Monet e outros objetos de sua vida, a casa contém sua coleção de gravuras japonesas em xilogravura, que tiveram uma influência pronunciada em sua arte.
A casa e o jardim, juntamente com o Museu do Impressionismo, são grandes atrações em Giverny, que recebe turistas de todo o mundo. Os visitantes podem caminhar pelas mesmas pontes japonesas que Monet pintou centenas de vezes, observar as ninfeias flutuando no lago que ele criou e explorar os jardins de flores que cultivou meticulosamente como fonte de inspiração.
O Musée Marmottan Monet, em Paris, abriga a maior coleção de obras de Monet do mundo, incluindo a icônica "Impressão, Nascer do Sol" que deu nome ao movimento. A coleção inclui mais de cem telas que traçam a carreira completa do artista, desde suas primeiras obras até os monumentais painéis de ninféias que nunca foram mostrados durante sua vida.
Monet e Sua Influência na Arte Contemporânea
A influência de Claude Monet na arte vai muito além do Impressionismo. Sua busca incansável por capturar a luz e a atmosfera, sua disposição de quebrar convenções acadêmicas e sua crença de que a arte deveria capturar a experiência visual imediata estabeleceram princípios que continuam a inspirar artistas contemporâneos.
Suas séries de pinturas do mesmo motivo em diferentes condições de luz anteciparam práticas conceituais modernas. A ideia de que o processo e a variação são tão importantes quanto o produto final ressoou com artistas ao longo do século XX e continua relevante hoje. Andy Warhol, por exemplo, refletiu a influência de Monet em suas múltiplas representações de um único motivo, embora usando técnicas de reprodução mecânica.
A abordagem de Monet à composição, especialmente em suas últimas obras de ninfeias onde o horizonte desaparece e o espectador é imerso em campos de cor e luz, influenciou o desenvolvimento do minimalismo na década de 1960. Artistas minimalistas encontraram nas obras tardias de Monet uma eliminação de narrativa e referência que se alinhava com suas próprias buscas estéticas.
Monet e Outros Artistas Impressionistas
A relação de Monet com outros artistas foi fundamental para o desenvolvimento do Impressionismo. Sua amizade com Renoir foi especialmente produtiva. Os dois frequentemente pintavam lado a lado, explorando os mesmos motivos mas com abordagens distintas. Enquanto Monet focava na atmosfera e na luz, Renoir mantinha maior interesse nas figuras humanas e em tons mais quentes.
Com Pissarro, Monet compartilhava uma abordagem mais científica à cor e à luz. Pissarro foi uma figura mais velha e experiente quando se conheceram, e sua influência ajudou a formar a técnica de Monet. Mais tarde, seria Monet quem influenciaria Pissarro, especialmente no uso de pinceladas mais ousadas e cores mais vibrantes.
Edgar Degas, embora também considerado um impressionista, tinha uma abordagem muito diferente. Degas preferia trabalhar em estúdio, criando composições cuidadosamente construídas. Monet e Degas respeitavam o trabalho um do outro, mas suas filosofias artísticas eram fundamentalmente diferentes. Essa diversidade dentro do grupo impressionista foi uma de suas forças, permitindo múltiplas interpretações do que significava capturar a experiência visual moderna.
Paul Cézanne, que expôs com os impressionistas mas desenvolveu uma direção muito própria, admirava profundamente Monet. Cézanne viu em Monet "apenas um olho, mas que olho!". A capacidade de Monet de ver e representar as nuances mais sutis de cor e luz impressionou Cézanne, que buscava uma estrutura mais sólida e geométrica em suas próprias obras.
O Legado Duradouro
Hoje, mais de um século após sua morte, Claude Monet permanece um dos artistas mais celebrados e amados do mundo. Suas pinturas são algumas das mais reconhecidas e reproduzidas na história da arte. Exposições de suas obras atraem multidões enormes em museus ao redor do mundo.
O que torna Monet tão duradouro é a universalidade de sua visão. Ele não pintava cenas dramáticas ou narrativas complexas. Em vez disso, capturava momentos cotidianos: um jardim em flor, a superfície de um lago, a névoa sobre um rio. Mas através de sua observação intensa e habilidade técnica, transformava esses momentos comuns em experiências transcendentes.
Monet acreditava que a natureza estava em constante mudança, e que a tarefa do artista era capturar esses momentos fugazes antes que desaparecessem. Essa ideia de transitoriedade, de que cada momento é único e irrecuperável, ressoa profundamente com a experiência humana. Suas pinturas nos lembram de prestar atenção ao mundo ao nosso redor, de notar como a luz muda ao longo do dia, como as estações transformam a paisagem.
Sua vida foi marcada por perdas pessoais profundas: a morte prematura de sua primeira esposa Camille, a perda de Alice, seu filho Jean. No entanto, ele continuou pintando, encontrando consolo e significado em seu trabalho. Nos últimos anos, mesmo quando sua visão se deteriorava por cataratas, persistiu em criar, adaptando sua técnica às suas limitações físicas. Essa dedicação inabalável à arte, mesmo diante das adversidades, é inspiradora.
Monet viveu tempo suficiente para ver o Impressionismo passar de movimento ridicularizado a fenômeno aceito e celebrado. Viu suas obras, que uma vez foram rejeitadas pelos salões oficiais, serem disputadas por colecionadores e museus. No entanto, nunca parou de experimentar, de buscar novas formas de capturar sua visão. Suas últimas obras, os enormes painéis de ninfeias, foram seus trabalhos mais radicais, antecipando desenvolvimentos artísticos que só seriam plenamente realizados décadas após sua morte.
Claude Monet nos deixou um legado visual extraordinário: milhares de pinturas que capturam a beleza do mundo natural e a experiência da luz. Mas mais do que isso, deixou um exemplo de dedicação artística, de coragem para seguir sua própria visão mesmo quando contrariava as convenções estabelecidas, e de como a observação cuidadosa e apaixonada do mundo ao nosso redor pode revelar profundidades inesperadas de beleza e significado.














